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19 de dezembro de 2020Os sinais clandestinos já estão em cerca de 5 milhões de lares brasileiros, mas podem gerar riscos aos usuários. Saiba quais são eles
Com um leque infinito de canais por assinatura e preços muito abaixo do mercado, as televisões piratas já estão em cerca de 5 milhões de lares brasileiros, conforme a última estimativa da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura).
Popularmente conhecidos como “TV gato” ou “IPTV”, os sistemas encontraram formas de piratear os sinais de televisão por assinatura e oferece conteúdos de forma clandestina.
Mas nada vem de graça: além de ilegais, essas plataformas podem trazer muitos riscos aos usuários. Entenda.
Conexão ilegal
Não é por acaso que as televisões por assinatura cobram mensalidades altas aos usuários. Todo conteúdo veiculado carece do pagamento de direitos autorais às produtoras e uma série de regulações estipuladas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
As televisões piratas cobram valores inferiores porque não cumprem nenhum desses requisitos. Assim, quando o usuário consome ou vende os conteúdos de forma indevida, ele comete um ilícito civil e pode ser penalizado por isso.
A Lei Geral das Telecomunicações aponta que quem comercializa o sinal clandestino pode ser penalizado com dois a quatro anos de prisão e multa de até R$ 10 mil.
Dados pessoais desprotegidos
Mas se a irregularidade não impede o consumo clandestino, outro fator pode chamar a atenção dos brasileiros. Sem permissão para funcionar, os aparelhos piratas dependem de um servidor externo, muitas vezes instalados fora do país, de onde sai todo o conteúdo veiculado.
Não há como saber ao certo quem comanda esses servidores – e qual é o interesse e a maneira de interferir nos dados pessoais dos usuários.
“Os sinais clandestinos tendem a conter falhas de segurança, o que permite a hackers o acesso a dados pessoais dos usuários, informações financeiras e arquivos e fotos armazenados nos dispositivos que compartilham a mesma rede doméstica”, explicou o gerente técnico da NETSV, Gean Pagliari.
Garantia zero
Em geral, os aparelhos não consomem uma taxa elevada de internet, mas seu funcionamento não depende só da conexão – e sim do servidor geral. Toda a programação é compartilhada por milhares de usuários e, na maior parte das vezes, percorrem um longo caminho até alcançar os aparelhos.
“Como a conexão é compartilhada entre os usuários, em horários de pico a demanda aumenta e o servidor fica sobrecarregado, o que gera travamentos”, apontou Pagliari.
Além disso, não há qualquer suporte ou garantia do fabricante – e nem a possibilidade de reclamar com órgãos reguladores. “É um sistema ilegal, precisamos entender isso. Então o custo pode ser baixo, mas na prática é um grande prejuízo aos usuários”, completou o gerente técnico da NETSV.